No último dia 10, em pronunciamento transmitido ao vivo, o presidente Jair Bolsonaro declarou que “quando acaba a saliva tem que ter pólvora“. A ameaça direta aos Estados Unidos foi uma resposta a comentários do presidente eleito americano, Joe Biden, sobre a possibilidade de impor barreiras comerciais ao Brasil pelo desmatamento da Amazônia.
Por mais estapafúrdia e inconsequente que seja a declaração do presidente, ela não vem do nada, mas de um medo primitivo do Exército brasileiro. O professor de Relações Internacionais da UERJ, Maurício Santoro, explica que “a principal hipótese de guerra brasileira são os EUA invadirem a Amazônia e como o Exército responderia a isso.”
“É um cenário delirante,” diz Santoro, acrescentando que “o Exército deveria se preocupar com crime organizado nas fronteiras ou ataques a comunidades de brasileiros em países vizinhos, os dois cenários reais de maior risco. Mas é parte da doutrina que uma potência de fora da região ocuparia a Amazônia.”
Full column at Revista Semana On’s website. Date of publication: 13/11/2020
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