O Brasil ainda está na idade da pedra da ideologia. Aqui (ou aí) a questão é entre civilização ou barbárie. Esquerda e direita se inserem como querem nos dois polos – e a maioria opta pela barbárie. O Bolsonarismo tem posição clara, é um culto de morte, já a esquerda (ou setores, amplos setores) defende a barbárie com consciência social (sic) e gênero neutro.
Como escreveu um amigo:
“Essa crise da Ucrânia e a defesa apaixonada que a esquerda brasileira está fazendo do autocrata Putin só comprova algo que eu sempre disse: se aparecesse um Bolsonaro defendendo tortura, aniquilação dos inimigos, defendendo as ditaduras ‘corretas’ (Cuba, Venezuela, Coreia do Norte, URSS de Lenin e Stalin) mas que defendesse pena de morte para quem fosse contra o genere neutre, para aqueles que trocam os pronomes de pessoas trans, ao tiozinho que assobia para mulher na rua e a chama de ‘gostosa’ e que tivesse o discurso de criminalizar os liberais e conservadores, a esquerda já estaria animadíssima apoiando este indivíduo.”
A nossa esquerda é, em suma, composta em grande parte de bolsonaristas que defendem o genere neutre. O que me faz ver outro ponto importante: a discussão esquerda x direita no Brasil é inócua, o que tem que ser discutida em profundidade é a nossa cultura política de forma geral, para compreender a raiz da permanência em termos de longa duração do pensamento autoritário brasileiro, compartilhado por todos os espectros políticos.
Full column at Revista Semana On’s website. Date of publication: 11/03/2022
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