É uma mania do jornalismo (brasileiro) a tentativa de ser “isento”. Dar a notícia como ela é (sic), sem “viés”. O problema é que apenas descrever (algo) por vezes é um viés em si. A notícia não está “errada” na medida em que descreve um fato, um acontecimento, mas…
Vejam o caso das declarações caluniosas (e criminosas) da Desembargadora Marília Castro Neves, do TJ-RJ, contra a Marielle Franco. Salvo algumas exceções — como a Exame ou como o UOL, ainda que de forma tardia — boa parte das chamadas de matérias sobre o caso se limitavam a reproduzir suas declarações sem deixar claro imediatamente que se tratavam de mentiras.
Não importa, como no caso da imagem da matéria da Veja que abre esse texto, que o subtítulo deixe claro que as declarações eram falsas, o brasileiro muitas vezes se limita a ler o título e, bom lembrar, uma vez postado o link da matéria nas redes sociais, você verá apenas o título em destaque.
Texto completo no Medium da New Order. Publicado em 14/04/2018
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