No fim do mês passado, o historiador Bruno Frederico Müller escreveu neste mesmo espaço que não havia dúvidas de que o bolsonarismo seria uma forma de fascismo. Para ele, “deixar para trás este tabu, muito mais do que um mero exercício intelectual, é uma condição para reagir à altura da ameaça bolsonarista.” A posição de Müller, no entanto, não é consenso.
Especialistas têm, desde o começo do governo Bolsonaro, debatido sobre o seu caráter autoritário e, mais ainda, sobre suas características fundamentais e onde se encaixaria no espectro político. Seria um governo populista de direita? Fascista? Meramente antidemocrático ou mesmo teria aberto as portas para grupos autoritários espalharem sua ideologia de forma mais efetiva?
Em entrevista ao site judeu-americano The Forward, Odilon Caldeira Neto, professor de história contemporânea na UFJF, explicou que, mesmo não sendo um fascista clássico, Bolsonaro possui uma “caractetística marcante do fascismo: a obsessão pela morte como forma de poder”. À Folha, Caldeira Neto classificou o governo Bolsonaro como “um populismo típico da extrema direita”.
O blog conversou com outros especialistas que focam suas pesquisas nos mais diversos aspectos da extrema direita brasileira e os questionou sobre o caráter e a posição/espectro ideológico do bolsonarismo. Apesar de muitos pontos em comum, a classificação do bolsonarismo efetivamente como uma tendência de caráter fascista não é adotada de maneira uniforme.
Full article at Entendendo Bolsonaro’s blog, hosted by Uol. Date of publication: 25/07/2020
Artigo completo no blog Entendendo Bolsonaro, hospedado pelo Uol. Publicado em 25/07/2020.
Deixe um comentário